Artigos
O G20 e as Mudanças Climáticas: Uma Perspectiva de Gênero
Este artigo discute como o G20 abordou a crise climática na sua agenda, a partir de uma perspectiva de gênero. Ele contém informações sobre quais passos foram dados pelo Grupo dos 20 (conhecido como G20) até agora no reconhecimento dos impactos desiguais das mudanças climáticas sobre mulheres e meninas, assim como os principais obstáculos na garantia de engajamento efetivo dos membros nessa questão. O artigo termina destacando as oportunidades para o Brasil avançar na incorporação do gênero na política climática durante sua presidência do G20 e na Cúpula de 2024 no Rio de Janeiro, que ocorrerá em 18 e 19 de novembro.
De Dubai a Belém: Gênero e Clima na troika da COP
Nessa semana, começou a 29ª Conferência das Partes (COP29) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, estabelecida em 1992. O que isso significa? Entre os dias 11 e 22 de novembro de 2024, líderes e chefes de Estado de 192 países se reúnem em Baku, no Azerbaijão, para debater políticas e ações globais contra as mudanças climáticas, buscando atingir os objetivos definidos no Acordo de Paris de 2015.
Para acompanhar a COP29 de forma produtiva, vale relembrar os resultados e a presença da EmpoderaClima na grandiosa COP28.
A dimensão de gênero na biodiversidade: o que esperar da COP16
A Convenção da Diversidade Biológica (Convention on Biological Diversity, em inglês, cuja sigla é CBD) - órgão vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU) -, reconhece, em seu preâmbulo, “o papel vital que as mulheres têm na conservação e no uso sustentável da diversidade biológica e afirma a necessidade da participação total das mulheres em todos os níveis de formulação e implementação de políticas de conservação da diversidade biológica”. Nesse aspecto, é necessário reconhecer as dimensões de gênero na discussão de biodiversidade, sobretudo diante da Conferência das Partes da CBD, chamadas de COPs da Biodiversidade.
Este ano, a 16ª COP da Biodiversidade será realizada entre os dias 21 de outubro e 1 de novembro de 2024 em Cali, na Colômbia. Qual a importância de pautar gênero em discussões sobre biodiversidade? O que os países já avançaram em torno da intersecção entre biodiversidade e gênero? O que esperar para o evento deste ano? Respondemos tudo nesta pesquisa da EmpoderaClima.
Empregos verdes: um caminho para a igualdade de gênero na América Latina?
A criação de empregos verdes representa uma grande oportunidade para reduzir a diferença de gênero na América Latina. Em todo o mundo, a desigualdade de gênero tem sido um problema generalizado há séculos, afetando o acesso das mulheres à educação, às oportunidades econômicas e aos papéis de liderança, e na região da América Latina a situação não é diferente. De acordo com a ONU Mulheres, há 122 mulheres com idade entre 25 e 34 anos vivendo na pobreza para cada 100 homens. À medida que a região enfrenta os crescentes impactos das mudanças climáticas, fica claro que as mulheres carregam um fardo desproporcional devido à sua condição socioeconômica e aos papéis tradicionais na sociedade. A participação das mulheres em empregos verdes é vital para que a região alcance um desenvolvimento sustentável real, garantindo um futuro mais verde e mais equitativo para todos.
Estado natal da EmpoderaClima está enfrentando um desastre climático e precisa de ajuda
Neste momento, o Rio Grande do Sul (RS), estado no extremo sul do Brasil, com extensão territorial de quase 282 mil km² (maior que a área de todo o Reino Unido, por exemplo), está passando pelo maior desastre climático da sua história – e um dos maiores do país. O desastre é resultado das mudanças extremas do clima e da omissão de políticas públicas sistêmicas que considerem o meio ambiente e a adaptação climática. Previsões meteorológicas adversas, aliadas à sua intensificação e frequência devido às mudanças climáticas, levaram ao cenário em que nos encontramos até a publicação deste artigo, dia 11 de maio: 136 mortos, 756 feridos, 141 desaparecidos, cerca de 71 mil pessoas estão em abrigos e outras 339 mil tiveram que deixar suas casas. De acordo com a Defesa Civil, de uma população de um pouco mais de 10 milhões de pessoas, 1,9 milhão foram afetadas - para referência, a cidade estadunidense de San Diego, na Califórnia, conta com cerca de 1,3 milhão de habitantes.